De um tempo pra cá comecei a perceber que a principal motivação dos pacientes para procurarem os dentistas resumia-se às emergências: dentes quebrados, trauma ou dor.
Ao avaliar estes pacientes, observei que muitas vezes eles não tinham tratamentos complexos para fazer. O maior problema acabava sendo o acúmulo de placa e de tártaro, resultados da má higiene.
Apesar de os pacientes relatarem que tinham bons hábitos de higienização, na pratica, esse fato não era verdadeiro.
O parâmetro de avaliação deles estava errado por causa da falta de informação sobre como fazer a higiene diária corretamente. Muitos pacientes diziam que sequer foram orientados durante visitas previas ao dentista.
Outros fatores que me chamaram atenção foram as retrações gengivais, que a maioria dos pacientes apresentavam, resultado de uma escovação traumática e inadequada.
A forca empregada para escovar os dentes, quando excessiva, causa a perda do tecido gengival que recobre as raízes dos dentes (recessão gengival). A orientação sobre a higiene oral tem como objetivo controlar possíveis acúmulos de bactérias (biofilme bacteriano) sobre as superfícies dos dentes e das gengivas, sem que isso cause danos estruturais a esses órgãos e tecidos.
Para manter uma boca limpa é necessário uma boa técnica de escovação com uma escova adequada (geralmente de cabeça pequena, cerdas macias, com o maior número de cerdas possíveis e com uma tecnologia adequada de acabamento das pontas das cerdas), dentifrícios (creme dental), fio ou fitas dentais com os quais o paciente se adaptar melhor.
Na hora de escolher a escova é importante avaliar: o material das cerdas, que devem ser macias, o comprimento, o diâmetro, o numero total de fibras, tamanho da cabeça em relação ao cabo e a forma do cabo.
Atualmente, também reavaliamos o período de visitas periódicas ao dentista. Para os indivíduos saudáveis dos pontos de vista médico e odontológico, as visitas podem ser realizadas a cada 6 meses.
Entretanto, para aqueles pacientes que fumam ou que possuem baixa imunidade, deficiência motora e outras condições que possam comprometer a saúde dos dentes e gengivas, as visitas devem ter o limite máximo de 4 meses.
As crianças e adolescentes, pela dificuldade de realizar uma higiene adequada, devem fazer visitas bimestrais ao dentista.
Dra. Vanessa Bogosian | LILACBLANC | (11) 3151-3389